terça-feira, 15 de julho de 2014

Encontro do dia 14/07/14 - Meu Senhor e meu Deus – João 20, 24-29

Meu Senhor e meu Deus – João 20, 24-29

24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas
mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei! 26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco! 27 Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. 28 Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus! 29 Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!

Reflexão:

Versículos 24-25: Tomé não estava presente quando Jesus apareceu para os demais apóstolos. Seu nome significa “gêmeo”. Ele é profundamente humano e, em questão de fé, podemos dizer que somos gêmeos dele na falta de fé...  Muitas vezes não nos basta apenas ouvir as experiências dos irmãos para que nos convençamos da presença de Deus no meio de nós. Precisamos, ao contrário, ver para crer. Precisamos experimentar, tocar, sentir (...) para que creiamos que Ele está entre nós. Somos como crianças birrentas, exigindo atitudes de nossos pais.

Versículos 26-27: Cristo, em sua pedagogia do amor, deixa Tomé esperando alguns dias. Ele sabia que seu apóstolo em sua pequenez precisava de um sinal. Ele ia dar esse sinal. Mas não na hora que Tomé quisesse. Essa espera de Deus para nos dar sinais é pedagógica. Cristo é presente enquanto nos fala, mas também é presente em seu silêncio. Imaginem quanta lembrança passou pela memória de Tomé no tempo dessa espera. Às vezes até se permitiu se sentir preterido... “Como assim? Jesus apareceu pra todo mundo menos pra mim?”. Outras vezes deve ter se lembrado da promessa de Cristo que voltaria... Cristo permitiu que Tomé trabalhasse tudo interiormente para depois manifestar-se para seu amado apóstolo. Ao colocar-se no meio dos onze, Cristo fala: “A paz esteja convosco!”. Esse é o primeiro sinal que devemos buscar para sabermos se estamos permitindo Cristo fazer parte da nossa história: a paz! Sim! Cristo é a nossa paz... Essa paz tão cantada e desejada só é encontrada em uma fonte: em Cristo Jesus! Gosto de me lembrar do episódio em que Maria e José se perdem de Cristo aos 12 anos voltando da festa de Páscoa. A frase de Maria é sintomática: “Meu Filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição!” (Lc2,48c). Até Maria e José não conseguiram sentir paz longe de Cristo... Portanto, quando Deus estiver em silencio e você mesmo assim precisar de um sinal da Sua presença, pare um pouquinho e veja se está encontrando paz em sua vida. Caso não esteja, vá à procura de sua fonte de verdadeira paz e descanse Nele. Descanse, mesmo que seus milagres ainda não tenham sido concretizados. Descanse na certeza de que é no silencio que Ele está trabalhando para ti.

Versículo 27: Cristo mostra suas cicatrizes para ser reconhecido por seu apóstolo. Jesus atende e se submete à exigência de Tomé por amor. Afinal, como seu apóstolo iria testemunhar Cristo na China, como foi sua missão, e morrer pelo Mestre, se não tivesse tido uma experiência intima com Jesus? Como assumir a missão apostólica se antes não tivesse sido curado em seu coração chagado pela dor do calvário? Ao colocar a mão no lado de Cristo, onde na cruz jorrou sangue e água, Tomé foi curado pela misericórdia Divina!  Ali foi restaurado. Além disso, é importante notar que “mostrar as cicatrizes” foi a maneira que Jesus escolheu para ser reconhecido na sua ressurreição e ainda nos dias de hoje. Por isso Ele nos chama a testemunharmos o amor Dele por nós para que todos creiam que Ele é o Messias. E como podemos testemunhar nosso Deus para o próximo? Mostrando as nossas cicatrizes ao mundo!  Sim! Nossas cicatrizes são sinais vivos da presença de Deus no meio de nós. Não devemos nos envergonhar delas, mas devemos nos deixar utilizar por Deus para que Ele continue se manifestando no meio de nós!

Versículo 28: “Meu Senhor e meu Deus”! Essa é a profissão de fé daqueles que como Tomé tiveram uma verdadeira experiência com Jesus. E não basta apenas reconhecermos Cristo como nosso Senhor, pois muitas vezes colocamos em seu lugar tantos outros senhores... Cristo é o nosso Deus! Ele é nosso Senhor e nosso Deus! Para que nós também sejamos curados de nossa falta de fé, de nossas frustrações, de nosso sentimento de sermos preteridos... Para que deixemos de colocar a culpa em Deus pelas coisas ruins que acontecem em nossas vidas, coloquemos, como São Tomé, as mãos nas chagas gloriosas de Cristo. Que em Seu preciosíssimo sangue, sejamos lavados, purificados e amadurecidos na fé e assim possamos assumi-Lo verdadeiramente como nosso Senhor e nosso Deus!

Versículo 29: Jesus reserva para nós uma bem aventurança especial e nos chama a uma nova experiência: que a partir de hoje não seja mais necessário ver para crer, mas sim, crer para ver! Fiquemos então com a frase de Cristo momentos antes de ressuscitar seu amigo Lazaro: “Se creres, verás a glória de Deus!”

Vídeo e Músicas do Encontro


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